Por Mariah Bressani
Por natureza, o ser humano é um ser complexo, pois tem vários campos da sua vida e da sua personalidade que precisa desenvolver e, ainda, a sociedade cobra desempenhos excelentes em todos eles. Assim, essa complexidade típica é reforçada também pela necessidade de realização social e satisfação pessoal que, comumente, antagonizam-se.
Deste modo, por ser multifacetado, o ser humano deseja realizar-se na vida pessoal como pai ou mãe, filho ou filha, marido ou esposa, amante, amigo ou amiga, e ainda tem o lado profissional... Deseja tudo isso em perfeita harmonia consigo mesmo!
Como é possível ter um relacionamento afetivo profundo e intenso e ao mesmo tempo alcançar plena realização material e/ou profissional?
O que as pessoas geralmente fazem é sacrificar, em maior ou menor grau, algumas facetas de suas necessidades, gerando então aquela sensação flutuante e/ou intensa de frustração, produzindo assim doenças psicossomáticas e/ou emocionais.
Generalizando, as pessoas correm de um lado para outro; relacionam-se com muitas outras pessoas; fazem várias coisas ao mesmo tempo; tem sonhos; lutam para realizar alguns deles, mas vivem num torpor de autômato, gerando a sensação de constante frustração.
As pessoas se relacionam com o mundo exterior sob o prisma daquilo que creditam valor. O grau de satisfação pessoal, consequente, é proporcional à percepção de tais valores se manifestando ou não em suas vidas.
Por isso, é compreensível que tudo que um indivíduo faz baseia-se em suas crenças e valores, sejam conscientes ou não.
Quanto mais consciente, mais assertiva e feliz é a pessoa. Quanto menos consciente, mais equivocadas serão suas atitudes, gerando frustrações e decepções consigo mesmo e com a própria vida.
E para se alcançar a tão almejada felicidade é importante ser mais autoconsciente e simplificar a vida o máximo possível.
Para simplificar a vida, o primeiro passo – e base para tudo – é o autoconhecimento.
A condição básica para simplificar a própria vida é saber quais são suas reais necessidades, e não aquelas ditadas pelas pessoas que com quem se relaciona ou pela sociedade.
Só a partir do autoconhecimento é possível saber o que realmente é importante para si e porquê; e só então a pessoa terá objetividade e foco. Desta forma, a você pode canalizar a sua energia sem sofrer nenhum tipo de stress, ansiedade ou angústia.
Stress, ansiedade e angústia são filhos do desconhecimento de si, de suas potencialidades individuais e da consequente dispersão de energia.
Quando você sabe quem você é e o que quer, naturalmente, há apoio das suas forças interiores, você tem autoconfiança e, consequentemente, há entrega por inteiro – “de corpo e alma" – àquilo que você se propõe fazendo naquele exato momento. Deste modo, a pessoa se comporta sem hesitação e sem dúvidas, e atento. O resultado é a excelência e a satisfação pessoal.
O segundo passo é: seja otimista. Acredite em você e que aquilo que você quer é importante e válido e, principalmente, possível. Otimismo gera bom humor, um largo sorriso nos lábios e fé na vida e no futuro.
Terceiro passo: dê tempo ao tempo. Toda fruta tem seu tempo para amadurecer. Toda semente tem tempo certo para germinar, brotar e desenvolver-se na planta a que está destinada a se tornar.
É possível comparar o ser humano à uma semente e esta semente tem como destino tornar-se indivíduo. Por isto e para isto, todo ser humano traz potenciais ilimitados a serem desenvolvidos.
Portanto, para simplificar a vida é necessário tornar-se autocentrado através do autoconhecimento e do otimismo para que você possa tornar-se o indivíduo que está destinado a ser.
Esses ingredientes – autoconhecimento, otimismo e tempo – devem ser aplicados no dia-a-dia, com atenção focada no momento presente e, ao mesmo tempo, dirigida para o futuro.
Você pode estabelecer metas a curto, médio e longo prazo. Meta é algo abstrato no momento em que se estabelece, porque está apenas na sua cabeça, porém, pode ser uma realidade a ser alcançada e concretizada.
Para que se concretize uma meta é preciso trabalhá-la no dia-a-dia. Um exemplo óbvio é a meta de obter um diploma. Para consegui-lo é necessário ir às aulas regularmente, fazer os trabalhos e as provas, ou seja, dedicar-se por um certo período – dia após dia – de forma focada e objetiva.
Quando se tem claro que é aquilo que se quer, há grande empenho, e nada é empecilho para alcançá-lo. Não existe cansaço, falta de tempo ou qualquer outro impedimento.
Saber exatamente o que se quer faz parte do autoconhecimento e isto simplifica a vida, pois torna a pessoa mais objetiva e assertiva, sem que haja dispersão de energia.
Ter otimismo também faz parte do autoconhecimento, pois quando você pensa: “sei que posso” e “acredito em mim”, isto facilita muito a sua vida; porque isto também simplifica a sua vida, pois você se torna mais autoconfiante e positiva.
E dar tempo ao tempo - sem nunca perder o foco de suas metas - também simplifica a vida, pois são os seus sonhos e projetos de vida que impulsionam a pessoa para frente e para o futuro.
Simplificar a vida é, acima de tudo, viver no aqui e agora, atento ao momento presente e a si próprio e como se relaciona com a situação neste momento presente, porque o futuro o aguarda e será seu fruto. É libertar-se das preocupações dos problemas e trabalhar com o objetivo de resolvê-los a seu favor, focando na solução dos mesmos.
Simplificar a vida é gerar desenvolvimento da paz interior e do discernimento, através do autoconhecimento, para que você possa fazer as melhores escolhas no dia-a-dia em função da sua meta maior, que é tornar-se indivíduo pleno e realizado.
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