quarta-feira, 16 de abril de 2008

Meditação e Discernimento





Por Mariah Bressani

Você sabe o que melhor para você?
Você sabe aquilo que realmente lhe dá satisfação?
Você sabe por que você reage como reage?
Você sabe por que você se sente confortável ou desconfortável em uma dada situação?
Para responder a estas perguntas e às outras do mesmo quilate, precisamos de discernimento.

Discernir significa perceber e discriminar as diferenças e as semelhanças, colocando-as numa “balança”, tendo como fiel, os seus valores e paradigmas... e, por fim, compreendê-las.
Em termos éticos, significa distinguir o bom do mau, que aplicado pessoalmente é saber distinguir o que lhe faz bem do que lhe faz mal.

Quando sei porquê eu me sinto confortável ou desconfortável numa dada situação, significa que eu sei porquê eu me sinto, ou não, confortável numa situação. E, assim, digo “sim” para a primeira opção, porque sei o que me faz bem e “não”, para a segunda, porque sei o que me faz mal.
Quando compreendo porquê eu reajo como reajo – se positivamente, é porque sei que aquilo me faz bem, se o contrário, negativamente, é porque sei que me faz mal.
Quando eu sei o quê realmente me dá satisfação, sei distinguir aquilo que me faz bem do que me faz mal e, é óbvio, eu escolho o primeiro.
Por fim, o melhor para mim sempre será o que me faz bem. E, como eu me baseio em princípios éticos, aquilo que me faz bem também o fará para os outros que me rodeiam.
Sendo assim, podemos concluir que discernimento é um instrumento valiosíssimo para o nosso bem viver.

E a meditação é o exercício que nos permite desenvolver o discernimento. Porque a sua prática nos permite que nos voltemos para nós mesmos, e, assim, vamos nos “descobrindo”.
Vamos, pouco a pouco, nos aprofundando em nós mesmos.
Vamos, pouco a pouco, conhecendo-nos, a quem somos verdadeiramente.
E, então, vamos compreendendo-nos, em nossas opiniões e no que sentimos, ou seja, compreendemos os nossos pensamentos e os nossos sentimentos.
Assim, aprendemos a discernir a nossa maneira de nos relacionar conosco mesmos; a nossa maneira de nos relacionar com tudo e com todos que nos rodeia; e o que gera as nossas reações. Vamos, pouco a pouco, compreendendo os nossos porquês.

Com a prática da meditação, vamos, enfim, aprendendo a distinguir o nosso Eu verdadeiro do nosso Eu (mais conhecido por Ego) forjado pela sociabilização.
Aprendemos, principalmente, que tudo é relativo.


imagem: pixabay

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