segunda-feira, 19 de julho de 2010

Que falta fez um bom preparo psicológico e emocional !




Por Mariah Bressani

Fiquei bastante surpresa com as reações dos brasileiros e dos argentinos frente à perda do campeonato da Copa do Mundo deste ano de 2010 e como cada povo recepcionou seus respectivos jogadores e técnico. O que me chamou a atenção foram as diferenças, drástica e diametralmente opostas, de suas reações. Enquanto o povo argentino acolheu “amorosamente” seus jogadores e técnico, o povo brasileiro recebeu seu time e técnico com fúria exacerbada.

Como comentei no artigo “Por que o brasileiro entra em euforia na época da Copa do Mundo?”, sobre a importância deste esporte para os brasileiros, é possível compreender o porquê de reagiram tão violentamente indignados com a derrota neste campeonato, jogando toda sua ira nos jogadores e em seu treinador.

Os nossos “heróis” não cumpriram sua parte: a esperança que o clã brasileiro depositou neles para que confirmassem sua supremacia e reacendessem a chama da autoestima e do autovalor em seu coração. Os eleitos do técnico não se colocaram à altura para serem “os eleitos” do povo!
A reação do povo brasileiro, tomada de ira, execrando seus “guerreiros” e seu técnico, mostrou o quanto este povo sofre de baixa autoestima.

Eu não entendo de futebol, mas era flagrante a dificuldade de os jogadores brasileiros superarem os obstáculos propostos pelos times adversários quando estes se mostravam superiores a ponto de dirigir o jogo e minar a (pouca) força técnica dos primeiros. Os jogadores brasileiros só se mostravam “fortes” quando estavam ganhando. Enquanto víamos o time do Uruguai lutando fervorosamente para chegar entre os primeiros!

Neste evento foi possível perceber no campo, em todos os jogos do time brasileiro, nas atitudes dos jogadores e na postura de seu treinador, que estava ocorrendo exatamente um espelhamento do que acontece atualmente com o povo brasileiro: a dificuldade de integração e de conexão com o divino. E isto dificultou a possibilidade de eles tirarem o máximo de proveito da (pouca) força que tinham disponível naqueles momentos.

Ouvi em vários momentos dos comentaristas esportivos sobre a falta de qualidade técnica deste time, porém, pude também observar que não havia estrutura emocional e psicológica dos jogadores brasileiros bem como do técnico Dunga que fortalecessem suas atuações neste campeonato. Se havia fragilidade técnica, também tinha – e muito – fragilidade emocional e psicológica dos jogadores e do técnico.

Como é bem sabido, um satisfatório preparo técnico precisa ser acompanhado de um adequado suporte emocional e psicológico. Pois, um bom trabalho psicológico ajuda o atleta a suportar toda a pressão que cada disputa gera nele e o peso que ele carrega consigo de ser o “herói” de seu povo.
Por isso é possível afirmar: que falta fez um bom preparo psicológico e emocional ao time brasileiro para enfrentar seus adversários!



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2 comentários:

Cristiane Alves disse...

Olá Mariah!

Excelente sua análise sobre esse fato recente (e que infelizmente se dilui rápido e sem um olhar mais crítica da parte da imprensa).
Seu texto tráz luz sobre o acontecimento inserindo-o em um campo maior que é nossa postura como povo brasileiro e como cidadãos. E é inevitável nos repensarmos como indivíduos. Realmente, que falta (nos) faz um bom preparo psicológico.
Abraço e Parabéns,
Cris

Jucélia disse...

Oi Mariah como vc está?
vc tem meu número?
do meu celular?
Amo psicologia e pretendo em breve estudar essa maravilhosa ciencia.Agradeço pelas mensagens.
Vou adorar ser sua amiga..
Fique com DEUS...
Bjos.