quarta-feira, 24 de março de 2010

E no princípio era o Caos...





Por Mariah Bressani


Vou contar um pequeno trecho da Mitologia Grega. Devo alertar que, para poder compreendê-la, como as histórias de quaisquer outras mitologias, é importante não tomá-la ao “pé da letra”...
E no princípio era o Caos... e do Caos fez-se o Cosmos.... O Cosmos gerou e ordenou-se em Gaia, Tártaro e Eros
Gaia, a Terra Primordial, gerou Urano, o céu estrelado, com quem casou-se e viviam em copula constante. Gaia gerava espontaneamente, porém, cada filho que nascia, Urano achava-o monstruoso e, insatisfeito, devolvia-o para o útero materno.


E, assim, Gaia, infeliz com a impossibilidade de ver seus filhos se espalharem por sua superfície, reuniu-os para pedir-lhes que a ajudassem a acabar com a tirania de Urano. O único filho que se dispôs a ajudá-la foi Cronos, o deus do tempo, pois se identificava com a dor sua mãe.
Numa determinada noite, Gaia entregou para seu filho uma foice forjada em suas próprias entranhas e no momento que Urano foi deitar-se sobre ela, Cronos castrou-o. Do falo de Urano, que caiu no mar, formou-se uma espumarada, de onde nasceu Afrodite.

Deste modo, Cronos destronou seu pai e, juntamente com sua irmã Reia, a Deusa Mãe Terra, assumiu o trono. Reinou de forma tão tirânica quanto seu pai, pois soube por um oráculo que um de seus filhos também o destronaria. Assim, cada filho que nascia, ele o engolia.
Chegou um momento que Reia, como sua mãe, também sentiu-se frustrada por não ver seus filhos crescerem e se desenvolverem sobre sua superfície. Deste modo, quando Zeus, seu último filho, nasceu, em vez de dá-lo ao pai, Reia embrulhou uma pedra em panos de linho e deu-lho para que a engolisse. E Cronos o fez, sem nem sequer olhar, pois acreditava ser seu filho recém nascido. Enquanto Zeus foi levado para uma gruta e lá foi criado às escondidas por ninfas de confiança de Reia.

Quando chegou na adolescência, Zeus, orientado por Metis, a Prudência, deu uma beberagem para seu pai, Cronos, e assim que ele bebeu vomitou todos os outros filhos que havia engolido anteriormente – Héstia, Deméter, Hera, Poseidon e Plutão. Os irmãos juntaram-se e destronaram seu pai, o Cronos, e, em comum acordo, dividiram o reino entre os três.
Plutão assumiu o submundo, o ínferos, e tornou-se o Senhor do Mundo dos Mortos. Poseidon reinou sobre os mares e rios. E Zeus casou-se com sua irmã Hera e juntos reinaram sobre a superfície da Terra e sobre os Céus.

Zeus tornou-se o pai dos deuses e dos homens, por isso teve diversos casamentos sagrados, tendo, assim, muitos filhos.
Com Hera, sua irmã e esposa, teve Ares, o deus da guerra. Com sua irmã Deméter teve Core, a jovem. Com a ninfa Maia teve Hermes, o deus mensageiro. E assim por diante...
Eles eram chamados pelos gregos de “deuses olímpicos”, pois viviam como uma grande família no Monte Olimpo, o monte mais alto da Grécia. E sempre que se encontravam para suas “reuniões familiares” um de seus assuntos prediletos era o ser humano.


imagem: pixabay

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4 comentários:

MERIT RABANES disse...

Pela primeira vez leio um texto sobre mitologia que consigo assimilar, depreender e aprender. Muito obrigada!

Fátima R. disse...

Gostei muito. O início de tudo: da vida dos deuses, das nossas vidas...

Maria do Carmo Torres disse...

Gostei muito da leitura. Os relatos, os deuses e seus feitos são formas muito interessantes de entendermos a realidade e as nossas ações.
Parabéns.
Maria do Carmo Torres

Anônimo disse...

Não concordo com o fato de o povo brasileiro ser sem identidade, e usar o futebol como meio de ascenção social, ou até msm como um ser divino qe todos simplesmente adoram e louvam. Isso não passa de cultura liberal, não presa aos livros e problemas sociais. Usam o futebol para esquecer seus problemas e virar nada mais do que entreterimento. abraços